As escolas públicas contam já com mais de 30 mil novas inscrições de crianças com nacionalidades estrangeiras para o pré-escolar e 1º ciclo, o que representa 16% do total de matrículas, segundo revelou o jornal ‘Expresso’: a subida do número de estrangeiros a residir em Portugal permitiu à população escolar aumentar no ano passado, pela primeira vez na última década, e deverá repetir-se novamente este ano letivo.
As origens das crianças são cada vez mais dispersas: além da predominância de crianças de países africanos de língua oficial portuguesa, há mais 140 nacionalidades presentes: desde as Ilhas Virgens britânicas ao Uganda, passando pela Mongólia ou Peru.
A presença cada vez maior de crianças oriundas do Brasil e do subcontinente indiano é realçada: no que diz respeito aos alunos brasileiros, há 15 mil novas matrículas para o próximo ano letivo, num total de 190 mil no pré-escolar e 1º ciclo. Seguem-se Angola e França, mas também a Ucrânia. Entre as 15 nacionalidades mais representadas estão Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal, fruto do que tem sido a nova imigração para Portugal.
Há escolas no país, sobretudo a norte, no Oeste e no litoral alentejano, onde se começa a sentir a insuficiência de espaços para esta nova vaga de estudantes. “Atualmente no concelho de Odemira, cerca de 30% a 40% da população escolar é constituída por migrantes. Prova deste aumento são os atendimentos efetuados pelo Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes, que regista um aumento significativo da percentagem de atendimentos realizados cujo objetivo é o reagrupamento familiar, passando de 12,8% em 2019 para 40% em 2022”, garantiu a autarquia.
“Nos últimos cinco anos registou-se o nascimento de 1.195 bebés, dos quais 563 estrangeiros, filhos de mães residentes no concelho de Odemira”, referiu – no Agrupamento de Escolas de São Teutónio, em Odemira, estão previstas abrir nove novas salas de aula em vários níveis de ensino.
